O planejamento começou quando decidimos comemorar nossos 5 anos juntos, o que aconteceu exatamente no dia 24 de Agosto (online/via facebook) e 25 de Agosto (presencial)!! Viajamos no dia 23 para comemorar tudo. Como o pedido de casamento aconteceu em Paris (veja aqui), pensamos em conhecer , dessa vez, uma cidade diferente na França. Cotamos algumas passagens, até mesmo em outros países, mas o preço do vôo estava ótimo para a cidade de Marseille!! Pagamos $ 107,67, para os dois, com ida e volta! Ficou barato mesmo... Fomos com a Ryanair e a viagem de Eindhoven durou aproximadamente 1:30hr. O assento não é dos melhores - ele nem reclina - e são três de cada lado da aeronave. Você precisa pagar se quiser consumir qualquer coisa e tudo é mais caro. No avião uma garrafa de água de 500ml custa $ 3,00. Por isso vou dar uma dica de ouro! As pessoas bebem água da torneira lá, como fazem aqui em Eindhoven, então compre uma garrafa só e use ela praticamente a viagem inteira. Ahhh sobre as lojinhas para vôos internacionais, a de Eindhoven estava com promoções e preços melhores que a de Marselha para perfumes e óculos. Chocolates... diferente, melhor comprar nos supermercados da cidade.
Chegamos a noite, em um anexo do aeroporto e não tivemos dificuldades em achar o ônibus que vai para o centro da cidade. Ele é confortável, tem ar condicionado e passa de 15 em 15 minutos em horário de pico. Antes de entrar é necessário comprar a passagem em alguma das maquininhas próximas, ela custa $ 7,65 euros. Comemos um Burger King e ali já me senti mais "em casa"... Não me leve a mal, mas as pessoas aqui na Holanda são bem arrumadas perto dessas que vi ali e via o tempo todo no Brasil. Parecia mesmo era a Rodoviária de Belo Horizonte. No caminho do aeroporto para o centro, não conseguimos ver muito, passamos por várias avenidas e ruas escuras. Brincamos o tempo todo que parecia muito a Avenida Amazonas, caminho de Belo Horizonte para Betim... as vezes parecia a Cristiano Machado mesmo! Uma coisa bem do tipo, Aeroporto → Centro. Pichações, sujeiras...
O hotel fica perto da Estação Gare de Marceille-Saint-Charles (Central), que tem ônibus, metrô e trens para diferentes destinos. Como meu marido disse, eu estava fazendo "cara de rica" (só fico com a cara mesmo), toda arrumada e já fiquei assustada com a parte em que descemos. O Google Maps insistia em nos enviar para um lugar bem vazio, escuro e cheio de homens. Que medo... corremos para a luz, achamos um lugar e pedimos informação, o hotel estava do outro lado da estação. Um lado até escuro, onde víamos alguns moradores de rua, mas parecia mais tranquilo, no sentido de movimentado. Ficamos em um hotel Ibis, fizemos a reserva pelo site do Booking.com, pagamos nele a metade do preço da diária que estava lá, em um quadro no hotel. Pagamos $ 272 euros por cinco diárias. O hotel não tem muita coisa como academia, piscina, ele tinha o básico e foi exatamente isso que precisamos, um quarto com ar-condicionado, TV e um banheiro. Ah... falando em TV, não fique animado, todos os programas de TV são dublados. Ele não falam, não querem mesmo conversar em Inglês. Mesmo os seriados americanos mais famosos, são dublados em Francês.
No dia seguinte acordamos cedo e saímos. Decidimos ir andando do centro para uma das atrações turísticas e essa foi uma péssima ideia!! O centro tem muito morador de rua, muitos homens bebendo em bares tipo "copo sujo", ou só parados, aglomerados... na rua. Eu estava com tanto medo de pegar meu celular... Cadê os turistas? Pessoas tirando fotos? E aquelas imagens mais lindas que vi na internet? Bem que um colega do meu marido disse que não seria bacana. Colocamos o endereço no Google MAPS e ouvia as instruções através do fone, o telefone quase não saía da bolsa... essa foi a pior coisa que fiz. O aplicativo fez com que a gente andasse muito, foram voltas até o que parecia ser a pior parte da cidade. Eu fiquei muito assustada com a sujeira e muito, muito triste com o que vi. Passamos por um grupo que parecia refugiados, recebendo roupas e alimentos. Eu cheguei a ficar emocionada e pensar... queria dar todo dinheiro que tinha ali, agora, para eles. Não que isso adiantaria alguma coisa, mas ajudaria de alguma forma. Não que eu teria dinheiro para comer durante o resto da viagem, mas isso foi o que passou pela minha cabeça. Voltei com a certeza de que precisamos fazer caridade sempre que possível. Ainda mais quando você já passou por dificuldade na vida, eu já passei. Quem não?
Enfim, chegamos na parte bonita da cidade, depois de muito andar, ficar triste, com medo, depois até de ver um rapaz que pareceu fugindo, descendo de um prédio pelas janelas... chegamos na parte boa. Falo dela na próxima...
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